Educação para a cidadania e emancipação | 13 OUT | Movimento Escola Moderna

Educação para a cidadania e emancipação | 13 OUT | Movimento Escola Moderna

E se nos Açores as escolas escolhessem como ensinar?

13 de outubro | 16:00 | reunião com Movimento Escola Moderna

Local: Univ. dos Açores, Edifício Ciências Humanas, Ponta Delgada

José Azevedo e Filipa Castro reuniram com o Núcleo dos Açores do Movimento Escola Moderna. O Movimento da Escola Moderna é uma associação de profissionais de educação que se assume como movimento social de desenvolvimento humano e de mudança pedagógica. Propõe-se construir respostas contemporâneas para uma educação escolar intrinsecamente orientada por valores democráticos de participação directa, através de estruturas de cooperação educativa.

 

E como correu o dia?

“Eu e Filipa Castro reunimos com o Prof. Pedro González, impulsionador do Movimento Escola Moderna em São Miguel desde 2015.

O Movimento da Escola Moderna (MEM) é uma associação de profissionais de educação destinada à autoformação cooperada dos seus membros e ao apoio à formação continuada e animação pedagógica nas várias áreas da educação formal. Propõe-se realizar um modelo sociocêntrico de educação, acelerador do desenvolvimento moral e social das crianças e dos jovens. Valoriza o ensino mútuo e cooperativo como modos de organização das aprendizagens, para reforçar o sentido da cooperação no desenvolvimento educativo e social.
O modelo pedagógico do Movimento da Escola Moderna coloca a democracia como método de trabalho e como objetivo de formação. Cada procedimento na escola deve sujeitar-se aos valores da justiça, do respeito mútuo, da livre expressão, da inter-ajuda solidária e da reciprocidade nas relações de trabalho e de vida.

Os princípios democráticos e cooperativos defendidos pelo MEM são os mesmos que orientam a ideologia do LIVRE, um partido que existe para aprofundar a democracia em Portugal e apoiar a construção de uma democracia europeia.
No seu Programa Eleitoral, o LIVRE defende o aprofundamento da democracia regional através da substituição do método de Hondt pelo de Webster/Sainte-Laguë, usado em vários países europeus e que favorece os partidos com menor votação. Defende igualmente aprofundar os sistemas de participação das cidadãs e dos cidadãos na vida política. Para além dos referendos, o LIVRE apresenta uma proposta pioneira: a criação de mecanismos de democracia deliberativa, nos quais uma assembleia de cidadãos escolhidos aleatoriamente é convocada para analisar questões fundamentais e de interesse geral, ouvindo especialistas na matéria, e deliberar por consenso as propostas de decisão a submeter ao Parlamento.

No campo da educação, foram igualmente encontrados alinhamentos entre os princípios do Movimento da Escola Moderna e as propostas do LIVRE para uma escola pública autónoma e participada. Defendemos que deve ser a escola a estabelecer os moldes da sua atuação pedagógica, focada no estudante embora balizada pelos currículos oficiais. Dotada de um orçamento realista, a escola deve poder tomar as decisões administrativas que fizerem mais sentido em função das suas estratégias de gestão educativa. Deve, em particular, ter autonomia para recrutar docentes e não docentes.

O LIVRE também considera que os professores são a base da escola pública. É necessário desburocratizar, humanizar e autonomizar os professores, garantindo uma educação para a cidadania e a criatividade. Saudamos portanto os professores integrantes do Movimento Escola Moderna pelo seu esforço de autoformação, feito de forma voluntária e fora do horário laboral, e desejamos que o trabalho que agora começam em São Miguel se possa expandir, a bem da formação integral das crianças e jovens desta ilha.”

in www.facebook.com/joseazevedopoliteia/

Do nosso Programa Eleitoral:

PARA UMA EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA E EMANCIPAÇÃO O LIVRE DEFENDE:

41. Uma escola pública democrática e autónoma

Incentivar as escolas dos Açores a criarem um projeto educativo próprio, desenvolvido em diálogo com a comunidade. Deve ser a escola a estabelecer os moldes da sua atuação pedagógica, focada no estudante embora balizada pelos currículos oficiais. Dotada de um orçamento realista, a escola deve poder tomar as decisões administrativas que fizerem mais sentido em função das suas estratégias de gestão educativa. Deve, em particular, ter autonomia para recrutar docentes e não docentes, os primeiros eventualmente a partir de uma bolsa de professores certificados estabelecida por concurso.

44. Uma aposta nos profissionais de educação e formação

Os professores são a base da escola pública. É necessário desburocratizar, humanizar e autonomizar, garantindo o acompanhamento integral das crianças e jovens. No imediato, deve ser criado um programa de apoio à formação, qualificação e cooperação entre profissionais, em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento educativo.