Um primeiro passo para juntos mudarmos a Europa

Um primeiro passo para juntos mudarmos a Europa

testAlexis Tsipras e António Costa assinaram hoje uma declaração conjunta contra a austeridade na Europa e por uma cooperação na crise dos refugiados.

Trata-se de um primeiro passo no caminho certo: o da cooperação leal, igual e justa entre Estados-membros da União Europeia, o da (re)construção de uma Europa solidária e o regresso aos seus princípios basilares: o respeito pela dignidade humana, pela liberdade, pela democracia, pelo Estado de Direito e pelos Direitos Humanos, bem como o respeito pela identidade nacional e pelas estruturas políticas e constitucionais dos Estados-membros.

Nos seus programas às eleições europeias de 2014 e às eleições legislativas de 2015, o LIVRE defendeu reiteradamente a necessidade de uma aliança clara e assumida entre os governos progressistas da União Europeia e, por isso, não quer deixar de congratular o governo português por esta importante iniciativa.

Juntos somos mais fortes para levar ao Tribunal de Justiça da UE a legalidade da troika e das suas decisões que não respeitaram os Tratados em vigor e a Carta Europeia dos Direitos Fundamentais. Acreditamos também que é em coordenação com países como a Grécia que poderá ser levada a cabo uma negociação política com as instituições europeias e os restantes Estados-membros para obter compensações pelos danos causados pelas sucessivas intervenções dos últimos anos, através de um programa de recuperação e reconversão das economias nacionais. É tempo de convocar o “Bretton woods” europeu (ideia lançada por Alexis Tsipras) para aliviar a dívida dos países periféricos, repensar a arquitetura da moeda única e criar uma Agência de Recuperação Económica para relançar e reconverter as economias destes países do sul, a que chamamos os países Ulisses.

O LIVRE apela, como tem feito desde a sua fundação, à criação de alianças entre os progressistas europeus que permitam construir a democracia europeia de que tanto precisamos, instituir um sistema de vistos humanitários, desmontar a “Europa fortaleza” e ultrapassar os egoísmos nacionais.

Como sucedeu noutros momentos da nossa história, o LIVRE considera que a União Europeia necessita de um momento de rutura e viragem democrática e pacífica que ponha o projeto europeu ao serviço dos cidadãos europeus.

A Europa precisa de um 25 de Abril para salvar o seu projeto.
É possível relançar a União a partir do sul.