Candidato pelos Açores

Naturalidade

Moçambique

Local de Residência

Ponta Delgada

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Docente universitário

Apresentação Pessoal

Tenho 61 anos, sou biólogo de formação e docente universitário de profissão. Nasci em Moçambique e estudei em Lisboa, mas vivo em Ponta Delgada desde 1987. Sou viúvo, com dois filhos.
Sou membro do LIVRE desde o Congresso Fundador, fui membro e presidente da Assembleia e faço neste momento parte do Grupo de Contacto. Fui candidato pelos Açores às últimas duas eleições legislativas, e cabeça de lista pelo círculo de São Miguel às últimas duas eleições regionais nos Açores.

Apresentação de candidatura

A queda deste Governo reflete todas as contradições do nosso tempo: o aproveitamento do discurso da sustentabilidade pelo grande capital, com a consequente manipulação dos responsáveis políticos; e a cegueira para a quebra com o modelo capitalista que precisamos de fazer se queremos ao menos mitigar os impactos da catástrofe ecológica e social em que já vivemos.
Vista da ultraperiferia açoriana, a situação é ainda mais grave. O neoliberalismo trancou-nos numa dependência do exterior que nos debilita no presente e ameaça seriamente o nosso futuro. A economia açoriana continua a depender de (i) uma agro-pecuária intensiva para exportação, fortemente dependente da importação dos fatores de produção (fertilizantes, agroquímicos, sementes, rações e, claro, combustíveis), (ii) da exportação dos produtos de uma pesca insustentável e (iii) de um turismo em massificação baseado em trabalhadores precários e mal pagos, sujeitos à volatilidade de um mercado de que só uma oligarquia colhe os benefícios.
Visto dos Açores, o caminho para um futuro sustentável é claro: um modelo de desenvolvimento baseado nos recursos endógenos, humanos e naturais, e comandado pelas escolhas soberanas dos portugueses. No Parlamento, proponho-me portanto trabalhar no reforço da democracia portuguesa, em duas áreas: (i) no estabelecimento de uma Assembleia de Cidadãos como mecanismo de consulta popular sobre os temas essenciais para a ação governativa e (ii) na expansão do modelo cooperativo no setor da produção, e no alargamento do poder dos trabalhadores nas empresas. Mais do que representar os portugueses naqueles que pensamos serem os seus interesses, deve dar-se-lhes o espaço para tomarem essas decisões por si próprios. Estou convicto que este será o caminho para uma sociedade fraterna, capaz de lidar com os pesados desafios ecológicos e sociais do presente.