Naturalidade

Oeiras

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Arquiteto

Apresentação Pessoal

Tenho 35 anos, moro em Lisboa, sou de Oeiras, casado e pai de dois filhos. Licenciei-me em Arquitetura e Planeamento Urbano e Territorial na Faculdade de Arquitetura de Lisboa em 2007 e tenho trabalhado nessa área desde então, com alguns altos e baixos decorrentes da crise económica. Em 2015 iniciei um doutoramento no ISCTE no programa de Territórios Metropolitanos Contemporâneos sobre o tema das narrativas visuais e a transformação urbana. Trabalho também desde o final de 2017 na Assembleia Municipal de Lisboa prestando assessoria aos deputados municipais do LIVRE, Paulo Muacho e Patrícia Gonçalves. Paralelamente também fiz alguns trabalhos de design e ilustração – como a maioria do material gráfico do partido desde 2015 – e recentemente lancei a minha primeira banda desenhada em co-autoria com o nosso camarada Jorge Pinto, sobre o pintor português Amadeo de Souza Cardoso.
Politicamente considero-me um socialista libertário. Acredito num estado capaz de assegurar justiça social através da universalidade de serviços essenciais como a saúde e a educação, assegurando a coesão territorial, mas permitindo ao mesmo tempo a capacidade de organização e iniciativa coletiva para qualquer tipo de empreendimento de índole social. Sempre senti alguma resistência para uma retórica de esquerda baseada exclusivamente na luta de classes, numa visão demasiado binária, desfasada da realidade laboral dos nossos tempos – nem que seja apenas pelos sujeitos políticos identificados – e excessivamente apoiada na oposição ao sistema, sem qualquer capacidade de definição construtiva dentro do mesmo.
Por isso, quando a ideia do LIVRE surgiu em plena crise, com um discurso capaz de romper com os binarismos dominantes: Contra ou a favor da União Europeia, da inevitabilidade da austeridade, do público contra o privado; vi que era um partido que trazia uma frescura de ideias a várias frentes políticas com que me identificava e que o próprio coletivo nomeava nos seus pilares: Liberdade, Esquerda, Europa, Ecologia.
Assim, fiz desde o Congresso fundador parte da mesa da primeira Assembleia do LIVRE e, depois de 2015, parte do Grupo de Contacto até hoje, já no decorrer de um segundo mandato.
Acredito que representamos ideias e tratamos de problemáticas que fazem falta a uma política virada para o futuro, capaz de encarar o momento de viragem em que estamos de uma forma construtiva, criando uma alternativa viável e desejável.

Apresentação de candidatura

Candidato-me às eleições legislativas com a certeza de que os próximos quatro anos serão determinantes para certos aspetos fundamentais do nosso país e sociedade.
Pilares como a educação e a saúde estão em risco depois de anos de austeridade e cativações, faltam técnicos e material nos hospitais e a modernização escolar ficou congelada. Estes pilares são os grandes mecanismos de igualdade e distribuição de riqueza do país e têm de ser reconstruidos.

O nosso território e as suas assimetrias são também um grande risco à justiça social do nosso país. Temos de investir em mobilidade acessível a todos, descarbonizada, para que a distância não seja fator de exclusão. Temos também de investir em habitação pública para que um direito fundamental e constitucional não fique refém do mercado. Precisamos de uma política de ordenamento com meios, que seja capaz de proteger o nosso ambiente e de nos preparar para as alterações climáticas. Para isso precisamos também de avançar com uma regionalização que democratize de uma vez por todas a escala regional administrativa.
Para que tenhamos uma política de descarbonização com impacto precisamos de investir drasticamente em energias renováveis, alicerçados numa estratégia europeia de green new deal.

Precisamos também de dar resposta aos desafios do mundo digital, lutar contra o fim da neutralidade da internet, mantendo-a como um espaço universal e igualitário, preservando também o direito à privacidade e lutando por uma mudança para código público. É, por isso, também fundamental integrar o ensino de código de programação nas escolas para combater o analfabetismo digital.

Finalmente, temos de abordar os grandes desafios globais que enfrentamos enquanto região, país e continente. Temos de ser solidários face aos que fogem de guerras e tragédias, temos de resistir e combater a subida dos novos fascismos criando narrativas inspiradoras de um futuro melhor, temos de preparar o mundo laboral para o impacto da automação através do financiamento de um rendimento básico incondicional.

Por isso acredito que a Assembleia da República precisa de deputados do LIVRE, cidadãos comuns com os olhos postos no futuro, conscientes dos desafios que importam.

Shakespeare dizia que sabemos o que somos mas não sabemos o que poderemos ser. Eu arrisco inverter e subverter esta frase como inspiração para estas eleições legislativas: Já não sabemos bem quem somos mas podemos definir o que queremos ser.
Juntos, vamos construir outro futuro!