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Jose Manuel Azevedo

José Azevedo

Biólogo

53 anos

O biólogo e professor universitário José Azevedo foi eleito como cabeça de lista por São Miguel e pelo círculo de compensação. José Azevedo tem uma reconhecida atividade académica e técnica na Região, em particular na área da conservação da biodiversidade, preocupando-se em aproximar o conhecimento científico das decisões de políticas públicas.

Acompanhe o José: facebook.com/joseazevedopoliteia

Biografia
Nasci em África, por onde andei até aos 9 anos. Vivi e estudei em Lisboa até 1987, e vivo nos Açores desde então. Sou casado e tenho dois filhos, ambos nascidos em Ponta Delgada. Passo muito tempo com a família no Pico, de onde é natural a minha esposa.
Sou licenciado em Biologia (1986) e doutorado em Ecologia Animal (1997). Sou docente no Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, onde lecciono desde 1987. A minha docência e investigação centram-se nos peixes e nos mamíferos marinhos, embora mais recentemente tenha investido muito do meu tempo em projetos ligados à conservação da biodiversidade nas regiões ultramarinas europeias.
Sou membro do LIVRE desde a primeira hora. Antes disso sempre votei à esquerda, mas nunca tive qualquer atividade política.

 

Declaração política

Nos últimos anos dei por mim cada vez mais desiludido com a incapacidade política de resolver os problemas das pessoas e do ambiente. Senti que não podia mais esperar que alguém fizesse alguma coisa, e encontrei no LIVRE o espaço para intervir politicamente.
A minha formação dá-me uma particular sensibilidade para a ecologia, o que me deixa muito preocupado com o que estamos a fazer ao planeta. Não tanto pelo planeta em si, embora me assuste sermos capazes de alterar a composição da atmosfera e a química dos oceanos, me entristeça a devastação dos ecossistemas e me enraiveça a extinção de espécies. Não, o principal problema do desrespeito atual pela ecologia é, quanto a mim, a insegurança em que deixa esta e as futuras gerações. Com a subida no nível do mar e a “normalização” dos eventos climáticos extremos, com a realidade de um Árctico sem gelo e a possibilidade de modificação do padrão das correntes oceânicas, avizinha-se um futuro sem espaço para a civilização tal como a conhecemos.
Mas, tendo nascido e passado a infância em África, trago do berço a perceção da desigualdade. E assim como a opressão dos povos africanos não acabou com a descolonização, também a exploração e manipulação das pessoas não acabou em Portugal com o 25 de Abril. Desde o início do século, e particularmente desde 2008, no entanto, o contraste entre os que mandam e os que obedecem tornou-se chocante. O fantasma do neoliberalismo tudo afeta, desde a geopolítica planetária até ao dia a dia do mais humilde elemento da sociedade. Os nossos governantes aceitaram e têm propagado, por palavras, atos e omissões, o credo da subserviência aos interesses financeiros e o ritual de desmantelamento paulatino dos instrumentos necessários para que o Estado defenda os muitos mas fracos dos poucos mas fortes.
É com estas preocupações que me apresento como candidato às primárias do LIVRE. Acredito que o parlamento regional precisa de vozes fora da caixa e de deputados que acreditem nessa coisa simples mas tão poderosa- a democracia.