Mensagem de Ano Novo do Grupo de Contacto do LIVRE

Mensagem de Ano Novo do Grupo de Contacto do LIVRE

Caros membros e apoiantes,

Caros companheiros e camaradas,

O ano de 2016, que agora termina, foi um ano de radicais alterações na situação política nacional e internacional.

No plano internacional a vitória do Brexit no Reino Unido e a eleição de Donald Trump puseram em evidência a força do campo populista – e a importância de não subestimar as suas possibilidades de vitória. Apoiados pela Rússia e por uma campanha de desinformação que coloca na imigração, na abertura das nossas sociedades e na globalização as culpas pela situação económica e social do seus países, os populistas estão mais motivados do que nunca e mais coordenados a nível internacional.

Esta “Internacional populista” conseguiu conquistar o poder nos Estados Unidos da América, mas está também no poder no Reino Unido, Hungria e Polónia, tendo grandes possibilidades de conseguir fortes resultados no próximo ano em França, Alemanha, Itália e Holanda.

Mas nem todas as eleições em 2016 trouxeram notícias desagradáveis. O LIVRE congratulou-se com a eleição de Alexander Van der Bellen para a Presidência Austríaca, o primeiro presidente ecologista da Europa. Esta eleição, embora simbólica, representa um importante revés para os populistas austríacos e que poderá ter parado e invertido o seu avanço, mas representa também a prova de que a resposta mais eficaz ao populismo não virá do centro político mas antes do lugar diametralmente oposto do espectro político: da esquerda progressista, ecologista e cosmopolita, campo no qual o LIVRE se revê.

Também a nível nacional, 2016 trouxe várias novidades, nomeadamente a solução de entendimento à esquerda que suporta o XXI Governo Constitucional da República Portuguesa, mais conhecido por “Geringonça”.

Esta solução de governo, defendida publicamente e sem reservas pelo LIVRE desde a sua fundação, tem prosseguido um importante percurso de reposição dos rendimentos dos trabalhadores e de devolução de um ambiente de normalidade à vida económica e política do país, contrastantes com os anos de ferro da “Troika”.

Não é, no entanto, uma solução de governo totalmente isenta de críticas.

Seja no combate à precariedade ou no plano Europeu – onde é preciso maior ativismo na construção de maiorias no Conselho Europeu e no Parlamento Europeu, favoráveis à resolução europeia do problema das dívidas dos Estados-Membros – o Governo e a maioria que o suporta têm deixado muito a desejar.

Em 2016 foi também eleito o Presidente da República Portuguesa.

O LIVRE apoiou a candidatura de António Sampaio da Nóvoa, porém, fruto, entre outras coisas de uma divisão tática da esquerda, que recusou apoiar um candidato comum que pudesse competir em pé de igualdade com o mediatismo do candidato da direita, a eleição recaiu sobre Marcelo Rebelo de Sousa.

Em 2017, ano em que se vão realizar eleições autárquicas, o LIVRE faz votos que os restantes partidos da esquerda não voltem a colocar o taticismo à frente de questões políticas fundamentais, entregando de bandeja o governo das nossas cidades à direita.

Este ano marcou na curta história do LIVRE, um ano de reconstrução e reorganização interna. Foram eleitos novos órgãos nacionais no final de 2015 e ao longo de 2016 foram organizados e concluídos com sucesso os processos eleitorais da maioria dos Núcleos Territoriais existentes.

Foi feito um importante esforço de reequilíbrio financeiro do partido, imperativo face à delicada situação financeira e tendo em vista garantir a sustentabilidade das nossas atividades. Este esforço tem sido bem sucedido em grande parte devido aos nossos membros e apoiantes que generosamente continuam a fazer donativos que nos garantem a possibilidade de continuar o trabalho.

A todos vós, em nome do LIVRE, o nosso agradecimento. Continuamos, como há três anos na fundação do nosso partido, a acreditar que os ideais e propostas do LIVRE encerram uma verdadeira visão e projeto progressista para Portugal, para a Europa e para o Mundo, ímpar no nosso país. Um partido partilhado por todos, que não se limita a olhar o curto prazo, mas que quer pensar e planear o nosso futuro. Por isso continuaremos a trabalhar, para dar representação a estes ideais.

Estamos confiantes que 2017 será o ano em que o LIVRE irá conseguir representação, ainda que o desafio seja difícil.

O trabalho para tal já começou a ser feito e continuará nos próximos meses. A participação de todos vós é fundamental para que o LIVRE possa apresentar boas candidaturas que implementem programas progressistas nas nossas cidades, vilas e aldeias.

Por isso apelamos à participação e à mobilização de todos em 2017. Contamos convosco.

Nesta véspera de ano novo deixamos a todos os nossos membros e apoiantes os votos de excelente ano de 2017!

Saudações LIVREs,
O Grupo de Contacto do LIVRE

Carlos M Teixeira, Carlos Pestana, Eduardo Viana;, Florbela Carmo, Isabel Mendes Lopes, Jorge Morais, Jorge Pinto, Mariana Santos, Mariana Topa, Marta Loja Neves, Miguel Dias, Patrícia Gonçalves, Paulo Velez Muacho, Pedro Mendonça, Safaa Dib.